
Durante as últimas décadas,
evidências científicas vêm
demonstrando que as isoflavonas podem trazer
benefícios no controle de doenças
crônicas tais como câncer, diabetes
mellitus, osteoporose e doenças cardiovasculares.
Estes compostos estão amplamente
distribuídos no reino vegetal e concentrações
relativamente maiores são encontradas
nas leguminosas, em particular, na soja
(Glycne max).
Além da sua atividade anti-estrogênica,
possuem diversas propriedades biológicas
que podem afetar muitos processos
bioquímicos e fisiológicos.
As evidências de que as isoflavonas
protegem contra várias doenças
crônicas são baseadas em estudos
experimentais e epidemiológicos.
Em humanos, estudos epidemiológicos
mostram uma maior incidência de alguns
tipos de câncer (mama, próstata
e cólon) e doenças cardiovasculares
nas populações ocidentais
expostas a limitadas quantidades de isoflavonas
de soja na dieta.
Evidência adicional para proteção
contra o câncer e doenças cardíacas
tem sido verificada em vários modelos
experimentais com animais. As isoflavonas
podem também prevenir a perda óssea
pós-menopausa e a osteoporose. Efeitos
da genisteína na regulação
da secreção de insulina também
têm sido demonstrados.
Os mecanismos pelos quais as isoflavonas
podem exercer estes efeitos parecem depender,
em parte, das suas propriedades agonistas-antagonistas
dos estrógenos. Outros mecanismos
hipotéticos poderiam derivar de outras
propriedades bioquímicas, tais como
inibição da atividade enzimática
e efeito antioxidante.
ESTEVES, Elizabeth Adriana e MONTEIRO,
Josefina Bressan Resende. Rev. Nutr.,
jan./abr.
2001, vol.14, no.1, p.43-52. ISSN 1415-5273.