Pesquisar
no site |
|
Pesquisar
na NET |
|
|
Voltar
|
|
|
|
|
Os hidrolisados protéicos são constituídos por uma mistura complexa obtida através de hidrólise ácida ou hidrólise enzimática de proteínas. Entre eles estão as lactonas, fenóis, aldeídos, furonas, etc. Essas substâncias são alvo de muitos estudos, nos quais seus efeitos metabólicos no organismo são investigados sob condições normais ou em estados patológicos.
Liberação de CCK e secreção pancreática
Um estudo publicado no Journal Biology Chemistry mostrou que os hidrolisados protéicos, como as peptonas, que são representativos da fração protéica no lúmen intestinal, aumentaram a transcrição genética da colecistoquinina (CCK) (1).
Foi demonstrado que um hidrolisado protéico da caseína guanidinatado estimula fortemente a secreção pancreática exócrina em ratos com deficiência crônica do suco bile-pancreático e a liberação de CCK de células dispersas da mucosa intestinal de ratos. Esses resultados revelam que o hidrolisado protéico quimicamente modificado estimula a secreção de CCK e aumenta a secreção pancreática através de uma ação direta no intestino delgado de forma independente da tripsina luminal. Em um estudo publicado no Experimental Biology and Medicine foi examinado o efeito direto dos hidrolisados protéicos de ocorrência natural em proteínas dietéticas (caseína, isolado da proteína da soja, ovo, e glúten de trigo) na liberação da CCK sob condições independentes da tripsina in vitro. Todos os hidrolisados protéicos estimularam de forma significante a liberação da CCK pelas células dispersas da mucosa intestinal de ratos (2).
Atividade antioxidante
A atividade antioxidante demonstrada pelos hidrolisados das proteínas do soro do leite sugere que, além da modificação das propriedades físicas dos alimentos, os hidrolisados protéicos possuem um efeito em potencial de aumentar a estabilidade do alimento através da prevenção da oxidação. Os mecanismos de inibição da oxidação lipídica através dos hidrolisados enzimáticos não são claros. Entretanto, esse efeito antioxidante dos hidrolisados das proteínas do soro do leite não foi afetado pelo grau de hidrólise, e aumentou por tratamento térmico apenas em algumas amostras de um estudo divulgado no Journal of Dairy Science (3).
Glicogênese muscular e a resposta da insulina
Um estudo publicado no Journal of Nutrition mostrou que a ingestão de uma mistura de hidrolisados protéicos, livres de leucina e fenilalanina, em combinação com carboidrato, resultou em um aumento substancial na resposta da insulina após exercícios físicos quando comparada à ingestão de apenas carboidratos. Além disso, esse estudo demonstrou também que esse aumento na resposta da insulina é dose dependente. Essa mistura tem anteriormente sido demonstrada como capaz de aumentar a glicogênese após os exercícios quando adicionada a uma solução de carboidrato (0.8 g · kg-1 · h-1). Ela pode também aumentar o balanço líquido de proteína na fase posterior ao exercício e ainda ser aplicada como uma ferramenta nas pesquisas metabólicas que investigam os efeitos das altas concentrações plasmáticas de insulina (4).
A glicogênese muscular após os exercícios é um fator importante na determinação do tempo necessário para a recuperação do exercício prolongado. Outro estudo, publicado no American Journal of Clinical Nutrition, investigou se um aumento na ingestão de carboidrato, ingestão de uma mistura de hidrolisados protéicos e aminoácidos em combinação com carboidratos, ou ambas, resultam em taxas de glicogênese após os exercícios maiores que quando são ingeridos 0.8 g•kg-1•h-1 de carboidrato, fornecidos em intervalos de 30 minutos. Concluiu-se que uma mistura de hidrolisados protéicos e aminoácidos com uma solução de carboidratos (em uma ingestão de 0,8g de carboidrato•kg-1•h-1) pode estimular a glicogênese (5).
Referências bibliográficas:
1. GEVREY, J.C. et al. Co-requirement of Cyclic AMP- and Calcium-dependent Protein Kinases for Transcriptional Activation of Cholecystokinin Gene by Protein Hydrolysates. J. Biol. Chem., Vol. 277, Edição: 25, 22407-22413, 21 de junho de 2002
2. NISHI, T. et al. Dietary Protein Peptic Hydrolysates Stimulate Cholecystokinin Release via Direct Sensing by Rat Intestinal Mucosal Cells. Experimental Biology and Medicine 226:1031-1036 (2001)
3. PEÑA-RAMOS, E.A. e XIONG, Y.L. Antioxidative Activity of Whey Protein Hydrolysates in a Liposomal System. Journal of Dairy Science Vol. 84:2577–2583. No. 12, 2001
4. VAN LOON, L.J.C. et al. Ingestion of Protein Hydrolysate and Amino Acid–Carbohydrate Mixtures Increases Postexercise Plasma Insulin Responses in Men. Journal of Nutrition. 2000;130:2508-2513.
5. VAN LOON L.J.C. et al. Maximizing postexercise muscle glycogen synthesis: carbohydrate supplementation and the application of amino acid or protein hydrolysate mixtures. American Journal of Clinical Nutrition, Vol. 72, No. 1, 106-111, Julho de 2000
|
|
|
 |
|
|